4 dicas para um DDS excelente

O Diálogo Diário de Segurança, chamado carinhosamente de DDS, é uma das principais ferramentas da Segurança do Trabalho na busca por evitar acidentes.

Utilizado com frequência (ou pelo menos deveria, pois chama-se “diário”) requer algumas habilidades específicas para que possa cumprir seu papel, afinal, não é tão fácil prender a atenção do pessoal durante 10 ou 15 minutos todo santo dia.

Eu sei que em algumas situações não há disponibilidade para o diálogo ser diário, e acaba rolando o “DSS” (Diálogo Semanal de Segurança), mas isso não diminui a importância desta ferramenta. Aliás, pelo contrário, pois o diálogo passa a ser mais “raro” e precisamos otimizar aquele tempo.

Justamente por precisarmos ser mais assertivos é que precisamos trabalhar com todas as armas a fim de reter a atenção do nosso público, o que não é nada fácil. Mas calma que é exatamente por isso que trouxemos este conteúdo, fica com a gente e acompanha as dicas que trouxemos. Vamos lá?

1. Utilize local adequado

DDS é um tipo de treinamento onde os colaboradores devem prestar a máxima atenção possível no conteúdo ministrado. É ideal que seja feito no “habitat natural” da equipe, em seu setor de trabalho. Caso não seja possível, utilize uma sala ou recinto que comporte o pessoal. Por se tratar de um treinamento importante e muito curto, evite locais com ar condicionado ligado, slides e luz apagada, visto que os trabalhadores podem dar mais importância ao sono que vai chegar do que ao conteúdo ministrado.

É claro que, em algumas situações, pode ser interessante levar um conteúdo diferente com slides ou vídeos, pontualmente e sincronizado com o tema abordado, mas se for recorrente, o tiro pode sair pela culatra.

2. Fale para o seu público

Utilize linguagem condizente com o público que está lhe assistindo. Se são engenheiros (só um exemplo) pode usar um vocabulário mais robusto e rebuscado. Se são pedreiros em uma obra, a abordagem será outra. O mais importante é que seu público entenda a mensagem que está sendo passada naquele momento. É isso que vai fazer total diferença no trabalho a ser executado. Eles precisam entender e compreender o que está sendo dito, senão, é tempo perdido e trabalho jogado fora. Comunicação assertiva é responsabilidade do emissor. Faça-se entender!

3. Postura

Evite imprimir temas prontos para fazer leitura. É normal imprimir temas de DDS, porém, utilize como base. Estude o que você imprimiu e fale com propriedade sobre o assunto. Leia apenas em último caso. Uma notícia, uma história ou algo que foge do seu entendimento mas que seja fundamental que o pessoal tome conhecimento. Evite falar olhando pra cima, pra baixo ou pro nada. Olho no olho passa confiança e credibilidade, “encare” os colaboradores cobrando atenção deles naquele momento apenas com o olhar, desta forma você inibe seu público a fazer outra coisa que não seja te olhar também, chamando atenção para si.

4. Incentive a participação dos colaboradores

Alguns vão querer participar mais, outros menos, mas é importante deixá-los falar para que sintam que possuem voz ativa. Deixe-os contar casos e dar exemplos. Assim, você vai acabar aprendendo muito com eles também, afinal, não somos o Google pra saber de tudo. O nome da ferramenta é “diálogo” e não “monólogo”. Traga o pessoal pra palestrar, faça-os falar e expor suas fraquezas e necessidades. Uma boa sugestão é fazer com alguns também ministrem DDS de vez em quando, sob sua supervisão. Lembre-se: quem ensina precisa aprender antes, portanto, esta participação vai otimizar o aprendizado deles também. Além disso, a tendência é que com o DDS sendo ministrado por um trabalhador, os outros prestem atenção também, justamente por ser algo que foge da rotina.

Finalizando…

Ouvimos falar sobre DDS desde a época do curso técnico, não é verdade? Mas o que vejo, de um modo geral, é que as empresas utilizam esta ferramenta apenas para cumprimento de protocolo. Passam uma lista de presença e não dão tanta importância com o resultado, o que vale é “provar que o DDS aconteceu”. Tô errado?

Então, já que precisamos utilizar a ferramenta, vamos tentar otimizar seu aproveitamento, indo além do procedimento padrão de recolher assinaturas. Vamos tentar fazer com que este momento sirva, de fato, para contribuir com a saúde e segurança dos trabalhadores. Vale a pena e o resultado pode ser gratificante!

Um grande abraço a todos e FA   LOU!

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