Há mais de 40 anos, a segurança baseada em comportamento tem sido de interesse na gestão de segurança. E não é de admirar.
A ciência da mudança de comportamento aplica-se perfeitamente ao mundo real dos problemas de segurança no local de trabalho.
No entanto, quando ideias se tornam populares, elas tendem a tornar-se modismos e serem simplificadas.
Organizações que implementam sistemas BBS (Behavior Based Safety ou Segurança Comportamental) muito simplificados estão enganando a si mesmos.
Eu acredito no comportamento seguro, ou seja, baseado na ciência e centrado no sistema BBS.
Com foco no BBS, os benefícios começam com a segurança, mas vão na sequência da mudança de como pensam e operam as organizações
Vamos olhar como foco o sistema BBS difere dos simplistas.
Na versão simplista, o foco é estreito: simplesmente melhorar o comportamento de segurança dos colaboradores.
Especialistas em compilar uma lista de comportamentos inseguros acreditam que podem levar a lesões e incidentes.
Com a elaboração de uma lista do “especialista em BBS”, observam fornecem um feedback para fazer com que os colaboradores adotem o comportamento seguro rapidamente e eficientemente quanto possível.
Esta visão é equivocada, por várias razões:
Não há nenhuma garantia de que os comportamentos identificados são críticos para o local de trabalho.
Sem o engajamento dos colaboradores, eles se ressentem do feedback e resistem a mudar seu comportamento.
A razão pela qual os colaboradores, muitas vezes, correm perigo é porque os sistemas em que estão trabalhando torna-os difíceis ou mesmo impossível de fazer seus trabalhos sem correr riscos.
Só e simplesmente tentar alterar ou gerenciar o comportamento ao invés de alterar o sistema, não dá né?” Venhamos e convenhamos a “exposição ao risco ainda está lá”.
Aqui está um exemplo: um encanador e um ajudante precisam mudar uma junta em uma linha fixada na parede.
Ambos com EPIs, a linha não é de produtos químicos, então, em teoria, é uma operação segura.
No entanto, para tirar os flanges do meio e separá-los eles devem afrouxar os parafusos.
Isto significa que o auxiliar deve ficar na frente do pipeline para alcançar, puxar e afrouxar os parafusos.
Como ele faz isso, esquenta o flange com um maçarico no máximo até soltar os parafusos e nesse processo queima seus auxiliares.
A localização do flange exigia que ele ficasse na linha de fogo para soltá-lo.
Se existisse uma boa orientação da segurança deveria ter ensinado os colaboradores a ter mais cuidado quando para afrouxar os parafusos.
E uma boa gestão deve pedir a manutenção para alterar o local dos parafusos para que na próxima não existisse essa complicação de expor o colaborador na linha de fogo.
Se a alteração for feita, o potencial de uma exposição é reduzido talvez até mesmo eliminados.
Obviamente, essa solução baseada no sistema é a melhor solução.
O comportamento seguro (BBS) focado no sistema busca encontrar, reduzir ou eliminar riscos que levam a acidentes e melhorar os sistemas que executam nas operações.
Para ser bem-sucedido, este esforço deve envolver todos os níveis da hierarquia na organização
A gestão deve definir objetivos, alocar recursos adequados, estabelecer a estrutura de governança e definir as regras para redução de exposição e como funcionará o processo baseado em comportamento.
Um processo centrado no sistema BBS envolve a todos, observando os colegas de trabalho, dando feedback para mudar comportamentos.
A abordagem do sistema funciona porque realiza tarefas mais seguras para que os colaboradores não precisam tomar cuidado extra para evitar que se machuquem.
Também aborda objetivos além da segurança, tais como melhorar o engajamento do colaborador, e geralmente, alcançar uma cultura mais saudável, centrada no desempenho.
Quando colaboradores veem um sistema que os beneficia e a organização, o BBS se torna uma atividade desejada não uma atividade obrigatória e toda a força de trabalho é mais segura como resultado.
Estamos juntos!