Mapa de Riscos é um dos assuntos mais conhecidos da Segurança do Trabalho. A maioria dos cursos técnicos (se não todos) possui uma matéria específica sobre isso e a grande maioria dos profissionais da área sabe do que se trata. Mas, saber do que se trata não necessariamente significa saber “decifrar” e elaborar este documento, por isso que vamos falar sobre este assunto agora.
A NR-05 cita brevemente o mapa de riscos na alínea A do item 5.16 para informar que ele é uma das atribuições da CIPA. De acordo com o referido item, o mapa deve ser elaborado com a participação do maior número possível de trabalhadores e apoio do SESMT (quando houver).
Há um motivo para solicitar o maior número possível de trabalhadores. É o fato de que, se tratando de riscos no ambiente de trabalho, nada melhor do que os próprios trabalhadores que estão expostos a estes riscos para falar deles, para colocar no papel onde eles estão e qual seu nível de gravidade, certo?
Qual a função do mapa de riscos
O mapa vai servir para alertar e informar àqueles que adentrarem um ambiente sobre os riscos ocupacionais a que estarão expostos. O mapa dá um diagnóstico completo antes mesmo do ambiente ser adentrado, pois é sugerido que ele seja colocado do lado de fora, justamente para que os riscos de um ambiente sejam conhecidos com antecedência.
É imprescindível sabermos sobre a simbologia utilizada, visto que o mapa deve ser direto e objetivo. Portanto, não faz sentido os trabalhadores e frequentadores de um determinado ambiente não conhecerem os elementos que contemplam o documento, pois isso o tornaria sem utilidade nenhuma, já que os riscos não seriam identificados por seus “leitores”.
Mas o que tem de tão complexo no entendimento de um mapa de riscos? Absolutamente NADA.
Mas alguns elementos precisam ser conhecidos, vejamos:
Planta baixa do ambiente
Normalmente é utilizada a imagem fiel dos ambientes, como uma planta baixa ou um desenho muito bem feito, retratando a realidade do espaço. Caso o desenho seja feito à mão, obviamente que não haverá exatidão com relação à proporção, mas é fundamental que o local seja retratado com o mínimo de proporcionalidade a ponto do desenho ser compreendido e os riscos identificados.
Tabela de riscos
Atualmente encontrada na tabela I do anexo IV da portaria 25 (de 29 de dezembro de 1994), a tabela de riscos é conhecida dos profissionais da área de Segurança do Trabalho, pois ela traz os riscos mais comuns encontrados nos ambientes de trabalho (aquela tabela contemplando os riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, tá lembrado?). Originalmente cada risco possui uma cor de identificação e isso ocorre para que possamos identificá-los no mapa de riscos, sem a necessidade de ficar escrevendo cada um deles.
No mapa de riscos, cada risco é representado por um círculo (eu disse CÍRCULO, não chame de “bola” que pega mal demais! São círculos. Círculos).
O mesmo círculo pode fazer referência a mais de um risco. Mais acima foi dito que cada risco é representado por sua respectiva cor e para representar mais de um risco com o mesmo círculo, vamos dividir o círculo de forma a identificar quais riscos existem naquele ambiente. Por exemplo:
É claro que nem todo mundo tem o conhecimento específico sobre grupamento de riscos e suas respectivas cores, portanto, haverá uma legenda em algum lugar do mapa informando qual risco é referente a cada cor.
Bom, já sabemos como vamos representar os riscos no mapa (por meio de círculos com suas respectivas cores). Mas como faremos para informar o quanto aquele risco pode ser grave? Como expressar no mapa se determinado risco é grande ou pequeno? Exemplo: “risco grande para queimaduras, risco pequeno para vírus e bactérias”.
Como se faz isso?
Simples, assim como os riscos podem ser grandes ou pequenos, os círculos também podem ter tamanhos diferentes. Para isso, existem círculos pequenos, médios e grandes que referem-se exatamente aos riscos com suas respectivas magnitudes. Círculo grande, risco grande. Círculo médio, risco médio. Círculo pequeno, risco pequeno. Moleza né?
Vamos dar uma olhada em um como ficaria um mapa de riscos de um ambiente qualquer.
Este é um mapa de riscos fictício de uma oficina mecânica com diversos setores.
Lembrando que não existe um modelo específico de mapa. Fazendo uma busca pela internet você vai encontrar diversos modelos, uns com mais informações, outros com menos. A elaboração do mapa de riscos deve seguir apenas uma regra: ser compreendido por quem o esteja visualizando, certo?
Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, deixe nos comentários que a gente vai batendo papo, beleza?
Vejo vocês no próximo artigo, um grande abraço a todos e FA LOU!