Técnicos em Segurança do Trabalho: os protagonistas de SST

Você há de concordar com a gente: os Técnicos em Segurança do Trabalho são protagonistas em nossas empresas. Cabe a eles todo o suporte para que evitemos acidentes de trabalho.

No dia 27 de novembro é lembrado o dia destes profissionais, que merecem nosso reconhecimento e carinho.

Mas como a profissão surgiu?

Para entendermos ainda mais a necessidade da presença dos técnicos em Segurança do Trabalho, precisamos lembrar como se deu o desenvolvimento do Brasil, sobretudo industrialmente.

O país começou a crescer na primeira metade do século XX. As regiões Sul e Sudeste começaram a abrir fábricas de companhias estrangeiras e também as estatais do governo.

Com isso, outros setores começaram a se desenvolver. A construção civil, com o ‘boom’ de novas cidades, as estradas que precisavam começar a escoar produção, portos, hidrelétricas…

As informações, no entanto, não acompanhavam a evolução do país. Eram escassas as políticas para combater acidentes de trabalho, por exemplo.

Mas a lógica é óbvia: se há mais postos de trabalho, há mais riscos de acidentes. Aí que começamos a falar da importância dos técnicos em Segurança do Trabalho.

A regulamentação de leis, entre elas a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fizeram surgir a profissão.

Hoje, graças a estes técnicos – e também outros profissionais de SST –  o trabalhador desfruta de proteção, prevenção, comunicação e cuidados relacionados às suas atividades ocupacionais.

Lei de 1985 e as funções do Técnico em Segurança do Trabalho

A profissão do “Técnico em Segurança do Trabalho”, foi regulamentada no dia 27 de novembro de 1985, respaldado pela Lei Federal 7.410, que dispõe sobre a “Profissão de Técnico de Segurança do Trabalho”, e dá outras providências.

Com a lei, foram criadas as funções destes profissionais.

A função prioritária do técnico de segurança é atuar na prevenção para evitar acidentes. Este deve ser seu grande objetivo, porém, para que seja alcançado há uma série de atribuições específicas nas quais o profissional deve estar envolvido.

Veja as mais importantes:

  • Orientar e coordenar o sistema de Segurança do Trabalho, investigando riscos e causas de acidentes, analisando política de prevenção;
  • Inspecionar locais, instalações e equipamentos da empresa e determinar fatores de riscos e acidentes;
  • Propor normas e dispositivos de segurança, sugerindo eventuais modificações nos equipamentos e instalações e verificando sua observância para prevenir acidentes;
  • Inspecionar os sistemas de combate a incêndios e demais equipamentos de proteção;
  • Elaborar relatórios de inspeções qualitativas e quantitativas, conforme o caso;
  • Registrar em documento próprio a ocorrência do acidente de trabalho;
  • Manter contato junto aos serviços médico e social da instituição para o atendimento necessário aos acidentados;
  • Participar do programa de treinamento quando convocado;
  • Orientar os funcionários no que se refere à observância das normas de segurança;
  • Promover e ministrar treinamentos sobre segurança e qualidade de vida no trabalho;
  • Participar de reuniões de trabalho relativas a sua área de atuação;
  • Promover campanhas e coordenar a publicação de material educativo sobre Segurança e Medicina do Trabalho;
  • Investigar acidentes ocorridos, examinar as condições, identificar suas causas e propor providências cabíveis.

Vale lembrar que a Lei 7.410/1985 também decreta o exercício da profissão dos Engenheiros de Segurança do Trabalho, que também merecem todo o nosso reconhecimento.

Os protagonistas

Como já destacamos no texto, cabe ao técnicos em Segurança do Trabalho os papeis de protagonistas no dia a dia das empresas.

Nos tempos em que o Brasil soma mais de 620 mil CATs em um ano, número registrado em 2018, é inadmissível a desvalorização dos profissionais técnicos em Segurança do Trabalho.

Os números não dizem respeito apenas às nossas empresas. Eles vão muito além disso: com mais acidentes de trabalho, mais gastos do dinheiro público da sociedade.

Ou seja, a importância destes profissionais e da sua valorização diz respeito a todos.

Só para termos uma ideia, estimativas globais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que a economia perde 4% do seu Produto Interno Bruto, o PIB, devido a acidentes de trabalho.

Isto porque, além das perdas humanas, há a perda de produtividade do trabalho. Ou seja, acidentes de trabalho mexem na economia de qualquer país.

Diante de tudo que apresentamos, é inegável a extrema importância dos técnicos em Segurança do Trabalho que precisam dos nossos parabéns e valorização não apenas neste 27 de novembro, mas em todos os dias.

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