Empatia é mais um termo bastante utilizado nos dias de hoje. É quase que uma “moda” falar de empatia e muitos a definem como “colocar-se no lugar do outro”. Empatia é uma capacidade psicológica para sentir o que uma outra pessoa sentiria caso estivesse na mesma situação que você.
Lembra daquela frase: “não faça com o outro o que não gostaria que fizesse com você”? É mais ou menos por aí…
Empatia é buscar compreender emoções e sentimentos de uma outra pessoa, experimentando sentir de forma racional o que ela está sentindo no emocional.
Empatia na Segurança do Trabalho
A empatia na Segurança do Trabalho é importante em vários momentos, seja para vender prevenção, ideias ou serviços. É bom lembrarmos que sempre será importante se colocar no lugar da outra pessoa para entender exatamente o que ela precisa (não necessariamente o que ela quer) e oferecer a melhor solução, independente do ramo de atividade.
Pode ser uma empresa pública, privada ou atuando com consultoria, quanto mais entendermos as necessidades do outro, maiores as possibilidades de sermos assertivos no momento de oferecer uma solução.
Vamos fazer um exercício simples:
Quando você precisa contratar um serviço ao qual não sabe bem como funciona, não é ótimo quando compramos exatamente aquilo que precisamos, sem sermos enrolados ou influenciados a comprar mais do que temos necessidade?
Então, somos assim como clientes e precisamos agir assim como vendedores. Atuar como consultor em SST é ser um vendedor, né? Vendedor de segurança, saúde, economia, bem estar, etc.
Vendemos tudo isso por meio das ideias e serviços que ofertamos, logo, por que oferecer mais do que o cliente precisa?
Se a necessidade do cliente é por um documento X, por que dar uma volta e deixar subentendido que ele precisa também contratar Y e Z, se na verdade ele não precisa?
Coloque-se no lugar dele e lembre-se que você também é cliente em outros momentos e não gostaria de gastar dinheiro com aquilo que não precisa.
Comportar-se desta forma, inclusive, trará confiança, credibilidade, boas indicações e muito mais clientes. Relacionamento saudável com seu cliente não tem preço!
Agora você me pergunta: “Léo, eu não atuo na área de consultoria, não trabalho com atendimento a clientes em SST. Trabalho no setor privado, sou TST de carteira assinada, então esse papo de empatia na Segurança do Trabalho não é pra mim não né?”. Sim, é!
Empatia para TST do SESMT
Com raras exceções, o Técnico em Segurança do Trabalho (TST) é visto como aquele profissional chato que está sempre fazendo cobranças e “perturbando” a galera, certo?
Esse já é um ótimo motivo para treinar sua empatia na Segurança do Trabalho e buscar desenvolver cada vez mais esta característica, otimizando seus relacionamentos.
Mas vamos a outros motivos…
Primeiramente, praticar empatia com a alta direção da empresa. Imagina a quantidade de assuntos que um gerente ou diretor de uma empresa tem para resolver (e é sempre tudo “pra ontem”).
Portanto, precisamos entender um pouco mais sobre como esta pessoa se sente quando você chega lá e despeja uma série de informações relacionadas a SST.
Será que você foi claro o suficiente? Se expressou de forma adequada? Ela entendeu exatamente o que você quis dizer? Você mostrou o lado positivo dos investimentos em prevenção?
Cada um tem seu tempo, procure entender a reação desta pessoa caso ela não seja da forma como você esperava.
Coloque em prática
A outra possibilidade é praticar empatia com os outros colaboradores, aqueles que você passa cobrando (muitas vezes de forma grosseira e autoritária) o uso dos EPIs, por exemplo…
Tenha atenção no DDS, observe a reação de cada um deles, procure identificar caso alguém esteja diferente de outros dias, pois muitas vezes pode não ser preguiça, desleixo ou negligência.
Procure conversar antes de cobrar, tentando entender os motivos pelos quais um determinado colaborador está agindo de forma inadequada, afinal, ele pode estar com problemas fora da empresa que acabam, inevitavelmente, influenciando no seu desempenho profissional.
Não existe aquele papinho de “não leve problemas de casa para o trabalho”, isso é balela.
É óbvio que se um colaborador está com um filho doente ou passando por um grave problema financeiro, por exemplo, não existe um botão liga/desliga para ele mexer quando chegar no trabalho e quando for para casa.
O mesmo homem que é pai, filho ou marido, também é um profissional que trabalha para sustentar sua família. É quase impossível fazer esta divisão a ponto de separar tudo e não sofrer influências com os acontecimentos externos, até porque o inverso também acontece (ele leva as preocupações do trabalho para casa).
Portanto, é extremamente importante que tenhamos empatia para entender o que pode estar acontecendo, quais os motivos podem influenciar aquele determinado colaborador a se comportar daquela forma.
Afinal, naquele momento ele pode estar precisando mais da sua ajuda e menos da sua bronca.
Aliás, o artigo é sobre empatia na Segurança do Trabalho, mas, na realidade, pode-se treinar esta característica fora do trabalho também.
As pessoas que te cercam vão notar sua mudança de comportamento para com elas e com certeza você terá muitos benefícios em seus relacionamentos, não só no trabalho mas em todas as outras esferas.
Empatia é vida, pratique!
Um grande abraço e até o próximo artigo!